terça-feira, 10 de março de 2009

I Remember, I Remember



Releitura não verbal do poema "I Remember, I Remember", de Thomas Hood.

Música: Amy (Final Fantasy VIII Piano Collections)

Imagens (por ordem de aparição): Le vent nous porterá (Noir Desir)
O fabuloso destino de amélie poulain
O brilho eterno de uma mente sem lembrançass
Dia de cão (Looney Toones)
Dirty dream number two (Belle and Sebastian)

segunda-feira, 2 de março de 2009

She walks in beauty

Marise de Souza Conceiçao
Trabalho apresentado como requisto parcial de avaliação do componente curricular Projetos de Investigação do Ensino de Literatura de Língua Inglesa e Língua Materna ministrado pela professora Marla do Vale Satorno.

Resumo:

Este trabalho apresenta uma análise da obra She Walks in Beauty por Lord Byron, poeta inglês, famoso não só por suas obras, mas também pela sua vida despojada e envolta por críticas e comentários. Apesar disso, podemos nos surpreender com suas fantásticas descrições da beleza mesmo em meio a suas complexas obscuridades.


Poema:

SHE WALKS IN BEAUTY
Lord Byron.

She walks in Beauty like the night
Of cloudless climes and starry skies;
And all that's best of dark and bright
Meet in her aspect and her eyes:
Thus mellowed to that tender light
Which Heaven to gaudy day denies.

One shade the more, one ray the less,
Had half impaired the nameless grace
Which waves in every raven tress,
Or softly lightens o'er her face;
Where thoughts serenely sweet express,
How pure, how dear their dwelling-place.

And on that cheek, and o'er that brow,
So soft, so calm, yet eloquent,
The smiles that win, the tints that glow,
But tell of days in goodness spent,
A mind at peace with all below,
A heart whose love is innocent!





ELA CAMINHA EM BELEZA
( Tradução por Wagner Primo)

Ela caminha em beleza como a noite
De clima sem nuvens e céu estrelado;
E todo a perfeição da escuridão e da luz encontra-se
Em seu semblante e seus olhos
Dessa forma enternecida até esta luz suave
Que o céus ao dia fúlgido negam.

Uma sombra a mais, um raio a menos
Teria parcialmente danificado a indescritível beleza
Que ondula em cada negra trança de seu cabelo
E ternamente brilha em seu rosto;
Onde os pensamentos serenamente expressam
Quão puro, quão querido é o lugar que habitam.

E nessa face, e sobre essa fronte
Tão gentil, tão suave contudo eloqüente,
Jazem o sorriso que conquista, as cores que dardejam
Mas que falam de dias em benevolência passados
Uma mente em paz com tudo
Um coração cujo amor é inocente.



Um pouco do autor:

George Gordon Byron, 6° barão da sua família , mais conhecido como Lord Byron, nasceu em Londres, Inglaterra, 22 de Janeiro de 1788 e morreu em 1824. Foi um destacado poeta britânico, e uma das figuras mais influentes do Romantismo. Ele é famoso pela suas obras-primas Childe Harold´s Pilgrimage e Don Juan. Este último inacabado devido a sua eminente morte. Ele é considerado como um dos primeiros poetas europeus, e é ainda lido até os dias de hoje.
A fama de Byron não é somente devido aos seus escritos , mas também pela sua vida, considerada extravagante, numerosas amantes, dívidas, separações, alegações de incesto e homossexualismo e uma eventual morte por febre depois de ter viajado e lutado pelo lado grego na Guerra da Independência da Grécia, assim sendo reconhecido como herói naquele país.
Seu poema She walks in beauty, foi escrito em 1814, quando ele tinha vinte e seis anos e, publicado em 1815. She walks in beauty é um poema de louvor a uma mulher de beleza singular. A qual muitos a identificam na vida de Byron como uma prima que ele conheceu em uma festa, trajando um belo vestido preto, ficando assim muito atraído por ela, porém secretamente, já que estava com seu casamento marcado.

Análise do poema:

O poema é especial, os meios de expressão que o poeta utiliza não são de uma extraordinária expressividade, mas produzem beleza e não deixam de trazer um pouco de cor ao poema. A primeira linha contém dois meios de expressão: “walks in beauty” e “like the night”. Estas metáforas são muito úteis ao referir-se a mulher, tanto para um aspecto físico como para um alcance global. Além disso, a “Which Heaven to gaudy day denies”, é também uma metáfora muito expressiva mostrando o poder de uma beleza tal.
A primeira estrofe descreve a mulher a partir de uma perspectiva longínqua. É o momento da atração, quando o fogo do amor está aceso dentro do coração do poeta, que está a concentrar o seu ângulo de visão, focando mais e mais. Nas duas primeiras linhas da primeira estrofe o poeta debruça - se sobre o surgimento da mulher. A mulher é vista como um “cloudless climes and starry skies”. Por uma visão mais superficial, isto pode ser visto como uma mera descrição física, como se a dama estivesse provavelmente vestida com um vestido preto. Esta metáfora nos permite compreender a forma como a mulher é percebida pelo poeta.
Ela é a única que cobre tudo com sua beleza, trazendo luz na escuridão, como as estrelas fazem numa noite.
Seu aspecto e os olhos são uma estranha combinação de escuro e brilho. Embora este contraste pode parecer um pouco estranho no começo, é uma bela forma de expressão. Ele descreve a beleza e também o mistério que esta mulher tem em si. Ao associar estas duas características para os olhos chegamos a uma melhor idéia do que se parece com a mulher, como seus olhos negros são preenchidos com brilho.
As duas últimas linhas da primeira estrofe mostram a decepção do poeta de não ser capaz de fazer uso da luz que sai desta mulher. A ele é negado o "céu", o privilégio de desfrutar integralmente a beleza e a luz da dama. Esse é o local onde o escuro resulta, como todos o brilho é sombra pela tristeza de não poder tê-la.
Na segunda estrofe, o apogeu do sentimento é tocado quando o poeta é completamente encantado pela mulher, ele se transforma. Ele continua a descrição da mulher com combinação de luz e escuridão, de sombra e brilho. Esta metáfora é utilizado para sublinhar a complexidade e harmonia no seio da mulher, que não há superficialidade ou imperfeição.
A opinião é agora mais concentrada do que antes e se aproxima, a imagem da cabeça da mulher em detalhe mais estreito. Seu cabelo é visto como o expoente da escuridão, que está presente em seu "raven tress", em contraste com o rosto. Este é preenchido com luz. Esta perfeita divisão de luz e escuridão, de "shade" e "ray" está associado a um "nameless grace", que está exercendo o seu poder sobre esta grande mulher.
A última estrofe deixa de lado a coexistência de luz e escuridão dentro da mulher e tenta dar conta de uma forma mais geral a mulher e as características que impressionam tanto o poeta. O termo geral que parece, para descrever os fatos nesta estrofe é serenidade. Toda qualidade que cabe dentro dela está em perfeita harmonia e paz. As coisas são descritas como se a mulher estivesse ganhando corações dos homens involuntariamente.
O poeta se concentra novamente no rosto e na expressão da mulher. Os elementos que parecem ter um forte impacto sobre os homens . A paixão nos homens ocorre com muita perspicácia, como se os homens quase não perceber as razões, embora elas sejam evidentes.
Por outro lado, esta parece acontecer sem a vontade dela, como ela mantém a sua calma e paz. Sua mente está “at peace with all below ", bem como seu amor que não foi afetado pelas vítimas que ela fez durante o tempo.
Esta última estrofe dá a impressão de demissão no pensamento de não tê-la. Se as duas primeiras estrofes estavam cheios de impulsivos pensamentos que tendia a descrever sua amada num caminho muito exagerado, neste, o poeta é o mais baixo trazido à Terra. Podemos mesmo dizer que ele está agora descrevendo seu rasto de tristeza, de demissão no pensamento de não tê-la. Ele está agora a tentar convencer - se do fato de que uma eventual relação entre os dois deles não tem nenhuma chance.
Assim, essa última estrofe significa voltar à terra, embora, o poeta persistiu em sua beleza , percebe que a mulher tem “A heart whose love is innocent!” e “A mind at peace with all below”. Assim a mulher amada e os seus sentimentos não podem ser perturbados.
O poeta trata de forma não muito clara sua realação com o seu objeto e quais os sentimentos envolvidos entre os dois. Ainda assim, mesmo que os sentimentos não são claramente expostos, pela forma como ele descreve-a, em especial nas duas primeiras estrofes podemos deduzir a admiração do poeta pela dama por ele citado. Podemos dizer que ele se apaixonou involuntariamente por ela e, agora, está escrevendo esse poema para explicar a si próprio o estranho fenômeno ocorrido.
É irrelevante o verdadeiro contexto em que Byron escreveu esse poema ou quais foram os verdadeiros elementos que fizeram ele escrever o poema. O importante é que ao ler este poema nossa imaginação tem liberdade e, ao mesmo tempo, é liderado por Byron, como ele conduz-nos à verificação que ele estabelece no poema. Assim, podemos afirmar que o poema é uma autêntica peça de poesia romântica, mesmo que este curso não aparentemente não-convencional, mas diversificado.


domingo, 1 de março de 2009

Deus costuma usar a solidão

Fernando Pessoa, nascido em Lisboa, no dia 13 de junho de 1898. Perdeu o pai ainda criança, e em virtude disto a sua família foi transferida para Durban, na África do Sul. Em Durban ele cursa o secundário,e ainda jovem revelou sua habilidade para a literatura.Em 1903, ingressou na Universidade de Cabo Frio. Foi educado em inglês,adquirindo o gosto pela poesia, influenciado por alguns autores como : Milton, Byron, Shelley, Edgaar Alann Poe entre outros poetas da Língua Inglesa. O jovem poeta até pensava em Inglês,entretanto destacou-se como um dos maiores escritores na Língua Portuguesa.

Os textos de Fernando Pessoa são carregados de simbolismo, enigmáticos, é como se o autor utilizasse as parábolas. Na poesia” Deus usa a solidão”.Observa-se que ele contrasta palavras e expressões levando o leitor a um momento de reflexão. A sequência de palavras com significados contrário observado em cada verso, faz com que o leitor faça uma retrospectiva interior antes de dá importância a algumas situações da vida desconsiderando outras. O autor estabelece uma relação entre as palavras com o intuito de transmitir uma mensagem como se fosse um mensageiro do divino.





Deus costuma usar a solidão
para nos ensinar sobre a convivência.

Às vezes, usa a raiva,
para que possamos compreender
o infinito valor da paz.

Outras vezes usa o tédio,
quando quer nos mostrar a importância da
aventura e doabandono.

Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre aresponsabilidade
do que dizemos.

Às vezes usa o cansaço,
para que possamos compreender
o valor do despertar.

Outras vezes usa doença,
quando quer nos mostrar
a importância da saúde.

Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar
sobre água.

Às vezes, usa a terra,
para que possamos compreender o valor do ar.

Outras vezes usa a morte,
quando quer nos mostrar
a importância da vida".

Fernando Pessoa



Na poesia apresentada acima o autor não se prende a rimas, mas observa-se a preocupação de Fernando Pessoa em mostrar que o que parece ter uma força negativa na vida do ser humano pode ser considerado um elo na busca das coisas positivas.

No primeiro verso ele aborda a solidão como um atributo indispensável para lembrarmos a importância de viver em comunidade. Fala da importância do sentimento de raiva que nos remete o como é bom viver em paz. Nos versos a seguir o autor ainda aborda o quanto o silêncio constitui uma oportunidade de reflexão, ou seja uma retomada para as coisas que deveriam ser bem pensadas e analisadas antes de falarmos. E assim o autor segue usando as expressões com sentido contrário com o propósito de mostrar ao leitor que não se deve atribui maior juízo de valor a determinadas coisas em detrimentos de outras concomitantemente importante.



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Trabalho apresentado ao componente curricular “Projeto de Investigação,Ministrado pela professora mestranda Marla Vale,como avaliação parcial do VIII semestre


Discente: Rita de Cássia Lima de Oliveira

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

CANÇÃO III

Segue vídeo apresentado na aua do dia 3/2/2009.

Compilação de fotografias minhas ilustrando a Canção III, do álbum Ode Descontínua para Flauta e Oboé, composto por poemas de Hilda Hilst extraídos do livro Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão musicados por Zeca Baleiro e cantados por grandes vozes femininas do Brasil. A Canção III é cantada por Maria Bethânia.


sábado, 27 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008


Rua torta

Lua morta

Tua porta


terça-feira, 2 de dezembro de 2008



Todos estão livres para publicar textos relacionados com nossos temas, assim como imagens, comentários, etc.

As atividades de leitura e interpretação de texto envolvendo ensino de literatura também poderão ser publicadas no blog.