domingo, 1 de março de 2009

Deus costuma usar a solidão

Fernando Pessoa, nascido em Lisboa, no dia 13 de junho de 1898. Perdeu o pai ainda criança, e em virtude disto a sua família foi transferida para Durban, na África do Sul. Em Durban ele cursa o secundário,e ainda jovem revelou sua habilidade para a literatura.Em 1903, ingressou na Universidade de Cabo Frio. Foi educado em inglês,adquirindo o gosto pela poesia, influenciado por alguns autores como : Milton, Byron, Shelley, Edgaar Alann Poe entre outros poetas da Língua Inglesa. O jovem poeta até pensava em Inglês,entretanto destacou-se como um dos maiores escritores na Língua Portuguesa.

Os textos de Fernando Pessoa são carregados de simbolismo, enigmáticos, é como se o autor utilizasse as parábolas. Na poesia” Deus usa a solidão”.Observa-se que ele contrasta palavras e expressões levando o leitor a um momento de reflexão. A sequência de palavras com significados contrário observado em cada verso, faz com que o leitor faça uma retrospectiva interior antes de dá importância a algumas situações da vida desconsiderando outras. O autor estabelece uma relação entre as palavras com o intuito de transmitir uma mensagem como se fosse um mensageiro do divino.





Deus costuma usar a solidão
para nos ensinar sobre a convivência.

Às vezes, usa a raiva,
para que possamos compreender
o infinito valor da paz.

Outras vezes usa o tédio,
quando quer nos mostrar a importância da
aventura e doabandono.

Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre aresponsabilidade
do que dizemos.

Às vezes usa o cansaço,
para que possamos compreender
o valor do despertar.

Outras vezes usa doença,
quando quer nos mostrar
a importância da saúde.

Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar
sobre água.

Às vezes, usa a terra,
para que possamos compreender o valor do ar.

Outras vezes usa a morte,
quando quer nos mostrar
a importância da vida".

Fernando Pessoa



Na poesia apresentada acima o autor não se prende a rimas, mas observa-se a preocupação de Fernando Pessoa em mostrar que o que parece ter uma força negativa na vida do ser humano pode ser considerado um elo na busca das coisas positivas.

No primeiro verso ele aborda a solidão como um atributo indispensável para lembrarmos a importância de viver em comunidade. Fala da importância do sentimento de raiva que nos remete o como é bom viver em paz. Nos versos a seguir o autor ainda aborda o quanto o silêncio constitui uma oportunidade de reflexão, ou seja uma retomada para as coisas que deveriam ser bem pensadas e analisadas antes de falarmos. E assim o autor segue usando as expressões com sentido contrário com o propósito de mostrar ao leitor que não se deve atribui maior juízo de valor a determinadas coisas em detrimentos de outras concomitantemente importante.



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Trabalho apresentado ao componente curricular “Projeto de Investigação,Ministrado pela professora mestranda Marla Vale,como avaliação parcial do VIII semestre


Discente: Rita de Cássia Lima de Oliveira

Um comentário:

Profª Rosilda disse...

Gostei muito. Até já fiz um ctr C, ctr V no meu blog para que meus alunos e seguidores possam apreciar também.
www.lendoeuaprendo.blogspot.com